27 maio 2011

PMBA instala base de UPP em comunidade e resultado é satisfatório

Não foram registrados homicídios ou ocorrências graves no Calabar, bairro de Salvador, no primeiro mês de funcionamento da Base de Segurança Comunitária na região. O local foi o primeiro a receber a presença policial no modelo das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) do Rio de Janeiro. A comunidade era considerada a mais violenta da capital baiana. A Secretaria de Segurança informou não ter dados específicos sobre índices de criminalidade no bairro antes da base.
A primeira base em funcionamento é comandada pela capitã da Polícia Militar Maria Oliveira, de 31 anos. Ela e muitos moradores do Calabar relatam que o principal alívio compartilhado é a possibilidade de circulação entre vias principais, praças, becos e vielas sem a companhia de pessoas armadas, cenário frequente antes de 29 de março deste ano.
“Há um mês, a população não ouve barulho de tiro”, comemora Gilson Magalhães, conhecido como ‘Siba’, de 41 anos, diretor da Associação dos Moradores e conselheiro tutelar. Se ele tivesse que escolher uma palavra para definir o primeiro mês, ela seria “reparação”, já que, antes da Base, “muita mãe teve que chorar”.
O efetivo comandado pela Capitã Maria é dividido em cinco grupos, cada um deles com média de 20 policias recém-formados, capacitados através dos princípios da vigilância comunitária e dos direitos humanos. Eles trabalham das 7h às 19h e das 19h às 7h, todos os dias. A área de atuação compreende pelo menos um quilômetro, que corresponde aos bairros Calabar e Alto das Pombas.
A sensibilidade feminina e a experiência de trabalhos anteriores em comunidades são duas características principais para que capitã Maria Oliveira fosse convidada pelo então coronel da Polícia Militar, Nilton Mascarenhas, para ser comandante da primeira Base de Segurança Comunitária do Estado. Segundo Maria, é preciso se aproximar das crianças de maneira delicada para que elas se deixem ser orientadas e possam enxergar na polícia uma ponte para conviver em uma comunidade livre da violência, sem a necessidade de repressão policial.
A previsão da Secretaria de Segurança Pública é de que no mês de julho a próxima Base de Segurança Comunitária do estado seja inaugurada no bairro Nordeste Amaralina. Por conta da extensão territorial, outros bairros de Salvador também serão beneficiados, a exemplo de Tancredo Neves e Fazenda Coutos. A previsão é que 34 bases sejam implantadas no estado até 2014 - 20 em Salvador e 14 no interior.

Com informações do G1.com

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