11 março 2011

Juíza de Porto Alegre determina a prisão de atropelador de ciclistas


A juíza Rosane Ramos de Oliveira Michels, da 1ª Vara de Porto Alegre, determinou nesta sexta-feira (11) que o funcionário público Ricardo José Neis, que atropelou ciclistas no bairro Cidade Baixa em 25 de fevereiro, seja transferido imediatamente para o Presídio Central.
Segundo informações da assessoria de imprensa do Hospital Parque Belém, onde ele estava internado, a decisão já foi cumprida. Neis soube da determinação por volta das 11h30 e foi levado sob escolta policial para a penitenciária. Antes, passou no Instituto Médico Legal (IML) para fazer exame de corpo de delito.
A juíza tomou a decisão após receber o laudo realizado pelo Instituto Psiquiátrico Forense na última segunda-feira (7). Segundo Rosane, a avaliação mostra que Neis "não teve doença diagnosticada, nem indicação para internação". Ela destacou ainda que "o quadro depressivo, com risco de suicídio, e a necessidade de atendimento médico especializado, em unidade psiquiátrica fechada, sob cuidado e vigilância contínuos, não foram constatados pelo perito médico avaliador".
Neis estava internado no Hospital Parque Belém, pois dois atestados firmados por médicos da instituição determinavam a necessidade de acompanhamento psiquiátrico. Ele é acusado pelo Ministério Público (MP) de tentativa de homicídio qualificado por ter atropelado ciclistas na esquina das ruas José do Patrocínio e Luiz Afonso, em Porto Alegre. Nove pessoas ficaram feridas e foram levadas ao Hospital de Pronto Socorro da cidade. Todas foram liberadas sem ferimentos graves, segundo o hospital. O motorista teria fugido do local sem prestar socorro, segundo testemunhas.

Em depoimento, Neis disse à polícia que atropelou os ciclistas, pois se viu cercado e, com medo de uma agressão, acelerou para proteger a si e ao filho de 15 anos, que também estava no carro. A Justiça chegou a decretar a sua prisão preventiva mas, como ele já estava internado no Hospital Parque Belém, em Porto Alegre, permaneceu sob custódia policial.

Fonte: G1.com

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